Tempos hipermodernos

Que falta o Chaplin nos faz!

O clássico do cinema, Tempos Modernos, estrelado por Charles Chaplin caracterizou com exatidão o cenário urbano pós década de 30 marcado pela industrialização e o controle da maquina sobre o trabalho humano. Chaplin neste longa metragem protagonizou uma das maiores criticas ao capitalismo ainda vigente, denunciando com humor as desigualdades entre os pobres e as familias abastadas detentora dos meios de produção.

Após meio secúlo da denominada "modernidade", Chaplin estranharia ao se deparar com a era tecnológica que estamos inseridos. A maquina já não controla o homem e a produção industrial como na década de 30; ela perdeu espaço para o consumismo.

O homem hipermoderno se preocupa com sua auto-realização, e quer vivencia-la imediatamente. Nesta busca incessante, o prazer é a melhor opção para satisfação dos seus sentidos. Sem identidade definida, a ordem é ser feliz a qualquer custo.


Para o filósofo francês Gilles Lipovetsky, autor do livro "O império do efêmero", a denominada "hipermodernidade" seria comparada a uma segunda fase da modernidade plenamente exarcebada. O individualismo e a valorização da imagem neste cenário atingem o seu apogeu, caracterizando socialmente o que ele denomina como "modernidade consumada".

O que de fato presenciamos é considerado por Lipovetsky e por outros estudiosos como uma reação ao modernismo vivenciado no último secúlo. O que nos falta no presente é o senso critico presente nas obras de Chaplin, em meio ao marketing consumista, e as ideologias politicas que nutre a intelectualidade na velha marcha "pão e circo". Uma pitada de criticidade ao prototipo "Macunaína" que vivemos, contribuiria para utilizarmos melhor os "avanços da modernidade" em vez de permanecermos fantoches de interesses mercadologicos.

Betinho em sua campanha contra fome denunciava que a vida de um assalariado pouco se diferenciava da qualidade de vida de um escravo limitado ao básico para sua sobrevivencia em uma senzala. O que nos faltaria então seria um espelho; aquele instrumento magico que assustava os indígenas em suas tribos há 500 anos.

16 comentários:

Renan Sparrow disse...

Tudo isso é tão estranho.
Viver na mesmidão é um erro, mas as vezes só parece que trocaram a embalagem e o conteúdo é o mesmo.

visite:
www.renansparrow.blogspot.com

paulo-vincent disse...

post perfeito
menos na parte da ilustração
poderia escolher imagens que retratassem melhor o que você quer mostrar
do jeito que tá ficou meio confuso
mas de fato foi um ótimo texto
explicoiu bem dop que queria falar
e em certas partes concordo com ele
divulgue mais seu blog ele tem potencial

Dayane Pereira disse...

Ótimo falar do filme de Chaplin, que é um clássico! Um cara que ja tinha a visão do futuro, e estava certo, as maquinas nos dominam, não podemos nos imaginar sem um celular, sem um computador. Se falta a interbnet parece qie perdemos uma parte do corpo.. Rs

E o lado sentimental, as relações afetivas, ficam com seg plano..

lauu disse...

Hoje é cada um por si !
O individualismo ja é normal em nosssos dias!

http://laudiceiasantana.blogspot.com/

Laura Gelbecke disse...

A evolução das sociedades é algo inevitável desde os primórdios. A evolução da cabeça do indivíduo é que é mais difícil de lidar uma vez que as coisas estão mudando a passos gigantescos. Hj, mais do q nunca, as pessoas sentem-se sozinhas, cada vez mais desnecessárias, deprimidas e procurando um terapeuta. Vou tomar o meu BUP e ligar para meu psicólogo segunda-feira.

Millena disse...

perfeito!chaplin era show!o individualismo impera nos dias atuais.

Anônimo disse...

Eu particularmente adoro o Chaplin, vira e mexe eu posto um texto ou poema dele..Pra mim ele era um gênio!!
Adorei sua postagem e seguidei o blog!!
Desejo sucesso

Anonima disse...

Chaplin não só revolucionou o cinema, como também deixou suas idéias. A gente vive tão alienado nessa modernidade que os dias passam iguais e a gente perde tempo com coisas pequenas.

Obrigada pela visita

Boa noite
:*

Unknown disse...

é que o mundo mudou, se as pessoas fossem mais honestas, não quisesse passar por cima dos otros ... não pensasse em se melhor que o outro, certamente não teria individualismo, infelizmente temos que ser assim =/

Anônimo disse...

Querido amigo avassalador... Se voce gosta de filosofia vai amr o trio a seguir:
Michael Foucault, Gilles Deleuze e Felix Guatarri... os tres são fantasticos e base de muito do pensamento institucionalista da atualidade.
Gosto da alternativa que Foucault dá: Sempre haverá meios de fuga!

Lays. disse...

É uma realidade chata e é até hipocrisia falar, sou um ser humano e compartilho dessa escravidão pela "hipermodernidade".
Por que no fim somos todos escravos do dinheiro e dos nossos prazeres. Perdemos a noção que há coisas mais importantes que isso.
Belo texto.

By Coisas Esotéricas disse...

Bom, tudo munda com o Tempo! Chaplim, eu acho que não tem igual ele! eu acho que isso acontece pelo comodismo da População! tem pessoas que não estão nem aê! mas como um cara disse hoje em dia tudo e competição e cada 1 por si!

Abraços!

Guilherme Santoro disse...

Belo blog, uma grande originalidade mostra que você é uma pessoa diferenciada de escrita apurada.O seu talento é muito importante pro desenvolvimento da postagem,pelo menos essa.

Obrigado pelo comentário no meu blog:"WWW.ZONARGS.TK"

...Nas postagem sobre os filmes de maior sucesso e baratos dos anos 80.

Abraço,agora serei seu leitor constante e espero que tenha gostado do meu.

FabioZen disse...

Não creio muito nessas de tempos modernos.As coisas continuam exatamente as mesmas.As mudanças são tecnologicas e não comportamentais.A essencia corrompida do ser humano vem desde o inicio dos tempos.Fiz uma critica bem abrangente em relação a isso no meu conto BANQUETE COM MENDIGOS lá no http://oficinamissoes.blogspot.com/.
Confere!

Blog do Beto disse...

muito bom seu Blog,
de chaplin pra cá mudou muito,
tempos modernos mesmo.

Vinicius Colares disse...

isso é o pós-modernismo! a época mais estranha da humanida sem a menor sombra de dúvida! boa sacada, Chaplin realmente acharia estranho, mas porvavelemnte faria um novo clássico sobre o assunto!