Identidade cultural- congado

O congado originou-se na Africa, no país do Congo, inspirado no cortejo de agradecimento que o povo manifestava aos reis naquele país.

Com a colonização portuguesa, e a vinda dos africanos escravizados aqui no Brasil, esta tradição incorporou consigo elementos da cultura local.

A coroação do Rei do Congo, a festa da Nossa senhora do Rosario, de São Benedito, denota que para o congado a memoria tem papel fundamental na construção cultural de uma nação.



O ideal de liberdade pode ser conferido nas diversas manifestações culturais que ocorrem no decorrer do ano em nosso país reverenciando aqueles que lutaram pela liberdade do povo africano, e para as entidades que os assistiam desde a Africa.



Além dos cortejos aos reis dos congos, podemos mencionar o candombe, um grupo "raiz" que deseja ser cristão sem deixar de ser bantus. Bantus é um grupo um grupo linguistico africano que abrigava diversas culturas na Africa e que mantém fidelidade aos seus antepassados africanos.


O Chio Rei representa a resistencia do povo negro em nosso país. Conta a historia que uma vez por ano saia um negro coroado dizendo : "eu não sou escravo nada, eu sou é rei!".


A celebração afro com tambores dentro da igreja é recente nas manifestações do congado. Mais que uma missa enfeitada para o congado, a mensagem transmite uma analogia entre a paixão de cristo e o sofrimento vivenciado pelos escravos.

Este fato não é compreendido por diversos seguidores do catolicismo. Em dado periodo de nossa historia os escravos foram impedidos de manifestar sua cultura dentro da igreja catolica, mesmo eles sendo adeptos ao catolicismo.



A memoria do negro nem por isto deixou de ser celebrada, os terreiros de umbanda e do candomblé foram receptivos a dor do negro, que orfão dos antepassados mortos na escravidão se abrigaram na figura do "pai de santo" e da "mãe de santo".




Hoje o congado consegue manifestar sua cultura pela ruas, em diversas igrejas do país, nas festividades que celebram a diginidade e a consciencia do negro.


O ideal de liberdade nem sempre é concretizado quando nos deparmos com as amarras do preconceito que ainda vitimiza tantos negros no mundo, mas a voz pedindo dias melhores e celebrando as vitoria conseguidas ao longo da nossa historia não pode se calar jamais a cultura de um povo que contribuiu para o nosso patrimonio cultural.


Consultas bibliograficas:http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/congadorigem.htm